quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Por outra comunicação e outra economia


O sistema público de comunicação foi o tema de uma discussão realizada na tarde desta quinta-feira, na sala Q3, pavilhão QB, no espaço UFPA Básico, um dos mais difíceis de localizar na Universidade (deu pra perceber?). Cheguei atrasado. A sorte foi que os palestrantes se atrasaram mais do que eu. Na roda de debates, estava Tereza Cruvinel, presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Jonas Valente, membro do Coletivo Intervozes e Paulo Miranda, da Associação Brasileira de Canais Comunitários.
A presidente da EBC afirmou que a história da comunicação no Brasil mostra que nunca houve uma discussão mais séria sobre um sistema público de tevê. Mesmo assim, acredita que hoje o país caminha, a passos lentos e firmes, pra uma grande mudança nesta área. Segundo Tereza, a tevê pública brasileira de hoje é boa, mas ainda não a ideal, pois tem falhas na gestão e dificuldade de alcance da população. Mas que, de qualquer forma, atinge seus objetivos de promover a cidadania, os direitos humanos e oferecer informação artística, cultural e científica, de qualidade.
Paulo Miranda questionou a atuação das universidades e disse que não há como cobrar dos profissionais da comunicação uma atuação comprometida com o desenvolvimento da sociedade, se as instituições de ensino superior não cumprirem com eficiência seu papel de oferecer educação de qualidade. E cutucou: “será que as universidades trabalham pra que os jornalistas façam educação 24 horas, na tevê e no rádio?”.
Foi bacana perceber que há pessoas preocupadas com o futuro dos jornalistas que ainda estão se formando por aí e saber que não precisaremos mendigar emprego na Globo. Boas novas, colegas da comunicação!
Antes da palestra, durante a manhã, visitei a Feira Internacional de Economia Solidária. São mais de 400 expositores de quase todos os estados brasileiros. Os trabalhos são os mais variados e belos, feitos de maneira artesanal. A irmã Lourdes Dill, da economia solidária de Santa Maria, disse que a feira é uma oportunidade de mostrar ao mundo o trabalho realizado pelas equipes de economia solidária do Brasil, de forma a valorizar os empreendimentos econômico solidários.
Olha, o sistema capitalista tá bem capenga, como todos vemos. Quem sabe não é agora a hora de mostrar uma nova forma de organização da sociedade, a partir da movimentação popular? Hora de dar mais valor às coisas pequenas, “da terrinha”, pra ajudar aqueles que mais precisam? Quem sabe, trabalhar por outra comunicação e outra economia, mais solidárias, justas e comprometidas com todos?

Belém, PA. 30 de janeiro, sexta-feira, 1h37min.

2 comentários:

  1. Gostei do blogue!!!
    E, com certeza, a cada dia o blogue ficará melhor!!!
    abraços
    fernanda

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  2. Oi Jeco gostei da tua visita a feira de Econ. Solidária. faço parte do fórum municipal aqui, agora já virou Binacional organizamos a 1ª feira Binacional da Econ. Solidária em dezembro com 40 empreendimentos, participamos tb da feira de Atlantida Canellones Uruguay, agora estamos organizan do mais uma para o evento do dia 08 de março Dia Internacional da mulher que terá delegações de todo o CONESUL . se espera 10.000 visitantes um abração Neila

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