No penúltimo dia de atividades do FSM, participei de uma oficina sobre radionovela. A organização ficou por conta da equipe do projeto Rádio Margarida, de Belém. A iniciativa reuniu quase cinqüenta pessoas em uma pequena sala de aula, na UFPA. Todos estávamos esmagados, mas dispostos a entender mais e melhor a relação existente entre mídia e educação. Discutimos como fazer um material educativo, de qualidade, pra promover o bem-estar e desenvolvimento de pequenas comunidades, que têm os meios de comunicação como grandes formadores de opinião.
Osmar Pancera, integrante do Margarida, explicou que, pra ser educativo, um recurso audiovisual precisa ter objetivos claros que mostrem o que se quer alcançar e, verdadeiramente, investir na formação humana. Os vídeos educativos, portanto, são bons apenas quando mostram objetivamente uma mensagem de cidadania e trazem crescimento através da informação. Pancera comentou ainda que o filme Tropa de Elite, por exemplo, por si só não é educativo, pois não dá uma mensagem clara daquilo que quer informar. Pra entendê-lo, seria necessária muita reflexão e debate após assistido.
As radionovelas surgem neste meio como uma maneira de auxiliar na formação de crianças e adolescentes, principalmente, aqueles em situação de vulnerabilidade social. Por meio delas, é possível produzir materiais que falem da situação das comunidades e, de forma clara, mostrem os problemas e desafios locais, discutindo soluções pra minimizar a violência, a pobreza, e outros problemas.
Taí uma boa forma de trabalho pra ser aplicada aqui no Rio Grande do Sul. Será que já temos iniciativas como essa e ainda não sei?
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
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